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domingo, 24 de maio de 2009

DESAFIO

Termina hoje, dia 25 de Maio, o prazo para apresentação
das sugestões para o título da minha imagem postada no dia 19.
Uma das madrinhas ainda não participou...
Será que não me visita desde então?

Só fecharei a recepção na manhã do dia 26, dado que tenho visitantes situados por todo o Brasil e nas duas costas dos USA com diferenças de fuso horário assinaláveis.

Relembro que há um prémio que não se pode olhar de longe!

LENDAS

Como prometido, aqui está 

A LENDA DO GALO DE BARCELOS

Há muitos, mas mesmo muitos anos atrás, numa povoação 
(que hoje é a cidade de Barcelos), a população de um momento
para o outro deixou de viver tranquila e em paz.
As pratas e o ouro do homem mais rico do lugar tinham sido roubadas!
A desconfiança instalou-se entre todos. Um era o ladrão, de certeza!
Mas quem entre todos? Este, aquele ou aqueloutro?
Seria o Zé da Adega? Ele devia dinheiro a todos...
Seria alguém de fora? Quem ia saber?

E não é que nestes entretantos não encontram um moço galego
que por aquelas bandas andava a passear?
Logo de suspeito, passou a ser o único alvo de todas as acusações.
O rapaz bem reclamava a sua total inocência, que só nessa manhã ali chegara...

Que importavam as declarações da sua inocência?
Tinha que ser ele, já que todos os outros eram gente honesta...
À força foi levado a casa do juiz que já se encontrava 
sentado à mesa para um magnífico galo assado comer.

O moço continuava a protestar: Não fui eu, não fui eu!!!
A veemência das suas palavras nada alterou.
Desesperado, pois já pensava que a pena de morte lhe seria decretada,
tentou uma última chance:
-A todos já afirmei que estou inocente do que me acusam.
Mas se em mim não acreditam, eu vos digo que este galo
ali na mesa e já assado esta noite cantará a minha inocência!

Claro, todos fizeram chacota e as gargalhadas não faltaram.
E o juiz determinou que o levassem para a cadeia e que na manhã seguinte
ele iria sofrer o castigo adequado a tão grave acto.

O juiz voltou a sentar-se à mesa e muito aborrecido estava com o atraso
que aquele caso originara.
Puxou a travessa para si e, quando se preparava para trinchar
 o galo, não é que um forte e sonante 

Cocorococó...Cocorococó...Cocorococó...

solto pelo assado bicho, não faz que o juiz caia da cadeira com o susto?

Logo deu imediata ordem à sua criadagem para irem soltar o rapaz,
já que ele próprio ouvira o galo cantar.

É esta a lenda. Outras versões há, naturalmente.
Até talvez mais verosímeis:

O galego seria um romeiro de Santiago bem parecido  e que
a estalajadeira se tomara de amores e procurara tentá-lo
à noite no quarto que ao rapaz alugara.
Como este prometera às tentações da carne não ceder
enquanto a peregrinação não terminasse, a estalajadeira
de vingança meteu na sacola do rapaz os talheres de prata.

E, quando ele a sair, gritou bem alto para que toda a povoação ouvisse:
AQUI D'EL-REI, QUE É LADRÃO!

O final da lenda é idêntico, com a agravante que logo ali o juiz
decidiu que a forca era o castigo.
Na verdade, em frente à matriz de Barcelos existe um cruzeiro
na coluna do qual se vê esculpido um galo, um enforcado e Santiago.
Esta lenda, francesa ao que parece, está documentada em vários
pontos dos Caminhos de Santiago.

Quem não conhecia a lenda, fica agora a saber a razão
 da existência do Galo de Barcelos.
Espero que tenham gostado.
 Só lamento as réplicas 
de mau gosto que a original peça tem vindo a 
conhecer nestas últimas  décadas...

Conheço ainda outra, bem diferente desta anterior.

Ter-se-á passado em Vila Nova do Laranjal, perto de Ponte de Sor, no Alto Alentejo e tem a ver com o melhor galo que seria guardado e tratado pelo homem melhor da terra para cantar na Missa do Galo.
Uma vez, apresentaram-se dois homens. Ambos se reclamavam como o melhor homem bom.
O meirinho (ou juiz) pergunta se algum deles pode apresentar uma testemunha do que eles fizeram de bom e de bem.
Ambos apresentam a mesma testemunha, para espanto do juiz.
Tratava-se da menina do Laranjal, a mais bonita, a mais respeitada, mas também a mais rica de toda aquela zona.
Depois de umas peripécias - que aqui me dispenso de narrar para não alongar demasiado o texto - a menina fica noiva daquele que fora escolhido para engordar o galo para a Missa da Meia-Noite, do dia de Natal.
Porém, na véspera desse dia o galo desapareceu misteriosamente!
O juiz entendeu que o responsável pela engorda do galo era também o responsável pela sua guarda e, como tal, logo foi condenado á forca.
Naturalmente afirmou a sua total inocência mas a firmeza do juiz manteve-se.
Já a menina do Laranjal chorava a perda do seu amor quando uma ideia surgiu ao pobre e amargurado...
Assim, quando o meirinho permitiu que o condenado formulasse o seu último desejo, ele pediu que levassem a menina do laranjal ao alto da torre da igreja.
Quando a menina do Laranjal subiu à torre, logo se ouviu o galo cantar três vezes.
O povo correu para o local donde viera o cantar do galo. Era o quintal do outro rival.
Ficara provada a sua inocência! A sua ideia salvara-lhe a vida e devolvera-o á sua amada menina do Laranjal.
A lenda não nos diz o que sucedeu ao rival que furtara o galo ao inocente acusado...

ARTES PLÁSTICAS

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A MATRIZ - Associação de Gravura do Porto e a
GALERIA ESTETA (R. Sousa Viterbo, 28, no Porto,
junto ao Mercado Ferreira Borges)
apresentam a I Exposição Universal de ART POSTAL.
São mais de 1oo artistas de 24 países que
aderiram entusiásticamente à ideia.
Assim, podemos observar, em tamanho postal, trabalhos de gravura
e outras técnicas, que foram, assim mesmo, expedidos via postal.

Reparem como estão expostos os trabalhos
(dentro de bolsas de plástico, para que a curiosidade
das pessoas , ao ver e revirar cada postal, não as estrague ).

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© João Menéres

A exposição pode ser visitada até 30 de Junho,
de 2ª feira a 6ª feira ,
das 15:00 às 19:00 horas.